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A Carta da Papisa: Chaves para o Conclave / The Popess' Letter: Keys to the Conclave




 No dia 26 de abril, foi o aniversário da conquista do voto feminino no Vaticano, pois em 2023 as freiras católicas sufragistas organizaram uma campanha que nós divulgamos na época, “Votos para as mulheres católicas”.

(vide link : https://escolafeministacom.wordpress.com/2023/04/29/um-marco-da-luta-feminista-26-de-abril-de-2023-o-voto-feminino-venceu-em-todo-o-planeta/).

O Papa Francisco, que apoiava as causas feministas, ecológicas, pró-vida e pelos direitos dos animais, conseguiu o voto para as mulheres no país e assim o sufrágio feminino passou a ser em todo o planeta.

Após esses dois anos de vitória mundial do voto feminino, estamos iniciando o período do Conclave agora, em maio. É com esse espírito que aproveitamos hoje para contar a história da primeira mulher papa: a Papisa Joana, estudada no currículo da Escola Feminista, no módulo V (cinco) do Curso de Iniciação ao Feminismo, na parte sobre as Religiões e o Feminismo. (Link para o curso: https://escolafeministacom.wordpress.com/2023/02/13/curso-de-iniciacao-ao-feminismo/

Em 1973, a historiadora Joan Morris foi bem-sucedida pesquisando uma abadessa com papel episcopal, investigação acadêmica publicada sob o título “The Lady Was a Bishop” (“A Dama era um Bispo”). Foi então que ela resolveu pesquisar a fundo a Papisa Joana e publicou outro livro, dessa vez sobre a Papisa.

Na Biblioteca Nacional em Paris, ela encontrou um documento digno de nota: O Parisinus Lat. 5140, pontifício do século XI (onze). Um pontifício era uma lista de pontífices da história católica, ou seja, “Livros de Papas”. A historiadora encontrou sinais de falsificação, pois entre Bento III e Nicolau I havia sinais de que poderia estar lá a documentação da Papisa Joana. Os fólios 131 e 132 não tinham concatenação e alguma história estava perdida entre as páginas. Claramente algo fora suprimido.

Manuscritos de frades medievais também atestavam a existência da Papisa, entre eles os dominicanos Jean de Mailly e Martin Polonus, assim como o Bispo cisterciense Otto de Freising. Há dúvida sobre a origem da líder religiosa: provavelmente alemã-inglesa, seminarista no Monastério de Fulda, Alemanha.

De tanto que se sabia da existência real de Joana, criou-se no tarô a Carta da Papisa. Essa carta revela e simboliza o mistério da libertação, que parte da reflexão, sabedoria e autoconhecimento.

Na Idade Média, em meio a várias mulheres religiosas que se destacavam como líderes e intelectuais, Joana foi eleita. É hora de a Igreja reconhecer que, sim, a mulher pode ser Papisa. Na época, segundo o que contam as crônicas dos monges, foi eleita Papa por unanimidade. Quando isso acontece, não são os votos que são avaliados no Conclave e, sim, a pronúncia em voz alta do nome da pessoa pelos cardeais votantes. Nesse caso, a Igreja Católica considera esse tipo de eleição expressão direta do Espírito Santo.

Habemus Papissam. Temos Papisa.

                                                                              (Texto reblogado da Escola Feminista)

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April 26th was the anniversary of the achievement of women's suffrage in the Vatican, because in 2023 the Catholic suffragette nuns organized a campaign that was publicized at the time, “Votes for Catholic Women” Link: https://escolafeministacom.wordpress.com/2023/04/29/um-marco-da-luta-feminista-26-de-abril-de-2023-o-voto-feminino-venceu-em-todo-o-planeta/).
Pope Francis, who supported feminist, ecological, pro-life and animal rights causes, secured the right to vote for women in the country and thus women's suffrage became worldwide.
After these two years of worldwide victory for women's suffrage, we are beginning the Conclave period now, in May. It is with this spirit that we take the opportunity today to tell the story of the first female pope: Pope Joan, studied in the curriculum of the Feminist School, in module V (five) of the Introduction to Feminism Course, in the section on Religions and Feminism. (Link to the course: https://escolafeministacom.wordpress.com/2023/02/13/curso-de-iniciacao-ao-feminismo/
In 1973, historian Joan Morris was successful in researching an abbess with episcopal roles, an academic investigation published under the title “The Lady Was a Bishop”. It was then that she decided to research Pope Joan in depth and published another book, this time about the Popess.

In the National Library in Paris, she found a noteworthy document: The Parisinus Lat. 5140, a pontifical from the 11th (eleventh) century. A pontifical was a list of pontiffs in Catholic history, that is, “Books of Popes”. The historian found signs of forgery, since between Benedict III and Nicholas I there were signs that Pope Joan’s documentation could be there. Folios 131 and 132 they were not connected and some of the story was lost between the pages. Clearly something had been suppressed.

Manuscripts by medieval friars also attested to the existence of the Popess, among them the Dominicans Jean de Mailly and Martin Polonus, as well as the Cistercian Bishop Otto of Freising. There is some doubt about the origin of the religious leader: she was probably German-English, a seminarian at the Monastery of Fulda, Germany.

Because of the widespread knowledge of Joan's real existence, the Tarot card of the Popess was created. This card reveals and symbolizes the mystery of liberation, which begins with reflection, wisdom and self-knowledge.

In the Middle Ages, among several religious women who stood out as leaders and intellectuals, Joan was elected. It is time for the Church to recognize that, yes, a woman can be Popess. At the time, according to the chronicles of the monks, she was elected Pope unanimously. When this happens, it is not the votes that are evaluated in the Conclave, but rather the pronunciation of the person's name aloud by the voting cardinals. In this case, the Catholic Church considers this type of election to be a direct expression of the Holy Spirit.
Habemus Papissam. We have a Popess.

(Text reblogged from the Feminist School)

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